data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Depois de mais de um ano em vigor, o modelo de Distanciamento Controlado adotado pelo governo do Estado para conter a pandemia será aposentado no próximo sábado. Alvo de críticas e elogios por diversas entidades da sociedade gaúcha, ele foi o protagonista, semana após semana, dos protocolos que toda a população deveria seguir. Foi responsável, entre outras medidas, pelo fechamento do comércio considerado não essencial por duas oportunidades em Santa Maria.
Segundo o governo do Estado, sempre baseado em critérios técnicos, a decisão do Piratini em classificar todo o Estado em bandeira vermelha para driblar o Judiciário e permitir o retorno das aulas presenciais foi o golpe derradeiro para o sistema, que já tinha sua confiança abalada.
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No lugar do sistema de bandeiras, o Estado, desta vez, será menos protagonista, passando a responsabilidade sobre protocolos específicos para cada região.
Os protocolos gerais serão definidos pelo governo do Estado e devem ser seguidos obrigatoriamente por toda a população. São regramentos mínimos, como usar máscara, garantir ventilação e circulação do ar, manter distanciamento mínimo, higienizar as mãos e evitar aglomerações. O Estado também estabelece protocolos gerais a serem cumpridos em ambientes de trabalho e no atendimento ao público.
Os protocolos de cada atividade serão propostos pelo Estado como, considerando o risco e o quadro atual da pandemia no Rio Grande do Sul. Contudo, essas regras poderão ser ajustadas por uma região para adequá-las à realidade de cada uma, desde que no mínimo dois terços dos municípios da região concordem com elas. Isso, na prática, dá mais autonomia para as regiões, já que não precisam mais seguir protocolos de nenhuma bandeira específica, como acontece atualmente.
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- Acho (o novo modelo) bem positivo porque a gente não pode tratar situações diferentes de forma igual. Acredito que é uma forma bem mais justa, criteriosa e que, principalmente, reflete melhor a realidade de cada região ou município que adotar as medidas - avalia o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco.
A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) também enxerga com bons olhos a decisão do Piratini.
- Confesso que sou totalmente favorável. Sou a favor, até porque, aqui, a gente sempre teve um canal aberto com a prefeitura, onde a gente sempre pode mostrar os nossos problemas e as nossas demandas - enfatiza Marli Rigo.
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RESTAURANTES
Um dos segmentos mais afetados pela pandemia, o setor de bares e restaurantes acumulou prejuízo de R$ 13 milhões até abril deste ano em Santa Maria. Além do modelo de Distanciamento Controlado, as empresas enfrentaram outra dificuldade: a restrição de funcionamento entre 20h e 5h durante mais de dois meses. Com o horário restrito, ficou praticamente inviável abrir durante o período da noite, que era o sustento de boa parte do setor.
- Viemos, há um ano, e muito mais nesses dois meses, tentando ser ouvidos. Talvez, agora seja uma oportunidade de a gente colocar tudo que a gente enxerga como prioridade. Vamos conseguir fazer parte desse novo modelo - comemora Emerson Nereu, presidente da Associação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Agências de Viagem (Ahturr), ao celebrar o bom relacionamento da entidade com a prefeitura.